Após extinção de incêndios, bombeiros do MS voltam a combater fogo no Pantanal

Poucos dias após o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul anunciar a extinção dos focos de incêndio ativos no Pantanal, equipes militares retornaram nesta quinta-feira (23) para combater novos focos de incêndios florestais na região. Desde 4 de novembro, um incêndio florestal afetava o Pantanal no Rio Negro, e na semana passada, entre os dias 16 e 17, as chamas atingiram seu pico, invadindo a rodovia Transpantaneira, principal acesso à área.

As chuvas que caíram no Mato Grosso do Sul no último domingo (19) ajudaram a controlar as chamas, e os bombeiros chegaram a relatar que imagens de satélite não mostravam focos de incêndio no Pantanal. Contudo, o cabo Marcos Rocha, do Corpo de Bombeiros, informou que em muitas áreas o fogo retornou. “Atualmente, estou com equipes na Região do Morro do Azeite, próximo ao município de Miranda, contando com 13 bombeiros militares. Duas equipes estão atuando dia e noite para combater alguns focos próximos a uma pousada”, destacou Rocha.

Ele também mencionou que a origem dos novos focos está relacionada à onda de calor que tem atingido o estado nos últimos dias, com previsões de temperaturas máximas de até 35°C em alguns municípios. A CNN entrou em contato com o Corpo de Bombeiros de Mato Grosso para verificar se o combate às chamas continua, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria.

**Recorde de Incêndios em Novembro**

De acordo com dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), nos primeiros 20 dias de novembro, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul registraram, juntos, 3.957 focos de calor, número cerca de nove vezes superior à média histórica para o mês, que é de 442 focos nos últimos 25 anos. Somente neste mês, os incêndios consumiram mais de 1,2 milhão de hectares do Pantanal, um valor três vezes maior do que o total registrado em 2022, segundo o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa) da UFRJ.

Em resposta aos incêndios, os governos de ambos os estados decretaram situação de emergência, permitindo a participação do governo federal nas áreas afetadas.